segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ecologia luminosa

Hoje fui comprar lâmpadas.
Como sempre, o recorrente pensamento "verde" bateu à porta. Confesso que não sou o "puro ecologista" que gostaria de ser mas sinto que aos poucos vou melhorando.


Por causa disso, pela primeira vez apercebi-me da quantidade astronómica de escolha que temos ao nosso alcance. Fiquei impressionado quando vi um lado inteiro de um corredor de uma grande superficie comercial cheio de lâmpadas.
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Deparei-me então com a dificil tarefa de acertar no tamanho do casquinho, na potência correcta e\ou conveniente, no tom da luz (quente, frio, noite luar, etc), no tamanho da lâmpada, se é verde ecologico, etc.


Cheguei a pensar se nao deveria ter-me preparado antes de uma tarefa, afinal, de dificuldade elevada. Talvez sim, talvez devesse ter escolhido uma roupa mais apropriada...
Ao fim de 15 minutos lá cumpri os meus intentos e no carrinho levava 3 ou 4 peças e uma mão cheia de dúvidas, a maior de todas se os casquilhos lá de casa aceitariam estas novas moradoras e fizessem criação dando à luz....luz!

Curiosamente um dos objectos luminosos exibe orgulhosamente uma frase que convicatamente prevê uma durabilidade de 10 anos, 10!!!
Bem, pelo preço assim espero, mas a ser verdade, será que a marca\fornecedor pode garantir que eu próprio daqui a 10 anos, 10, lembro-me de quando é que a comprei??
É que a par dos sapatos, tenho sempre a sensação que estas coisas duram pouco mais de 2 meses e sei que daqui a 10 anos, 10, vou ter exactamente essa sensação.





Por hora vale-me a consciência de que pelo menos ecologicamente fiz a escolha certa.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Onde estás cidade?

Existe alguma coisa da qual se possa gostar e ficar triste simultaneamente? Se calhar mais do que uma até.

Eis uma delas:


Adoro ver fotografias antigas da lindíssima cidade que em tempos Setúbal foi.





E tão triste fico imediatamente ao ver naquilo que se tornou hoje...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

acerca da Cimeira da NATO

Isto anda a fazer-me uma comichão...
Esta história da Cimeira da Nato realizar-se em Lisboa não lembra a ninguém.

1º - a implementação de medidas de segurança extremas e em todos os quadrantes (sim, os pombos também estão proibidos de voar sobre a cidade);
2º - o condicionamento do trânsito. Se no dia-a-dia já é a desgraceira do costume... nem é preciso dizer mais nada.
3º- a tolerância de ponto no dia da Cimeira.


Ora vamos lá a ver: então e os custos disto tudo hã??? mas anda tudo parvo ou simplesmente continuamos a viver no tempo da Corte Real?
Então com tanta crise, com tanto euro que tem de se poupar, com tanto euro que tem de se debitar ao contribuinte, e vamos embarcar neste naufrágio?? Para quem é que vai a conta disto tudo, humm?? policia, um dia sem produção, o croquete, o rissol, o champagne....




Só falta descobrir que a empresa de catering contratada tem como sócio o deputado da A.R. que dá pelo nome de.... Bem, não exageremos.

A realização da Cimeira da Nato está para Lisboa e Portugal como um jantar de gala está para uma familia da alta sociedade completamente falida e sem a possibilidade de a pagar. Mas afinal há que manter as aparências a todo o custo não é?
(aqui a única incongruência é que Portugal nunca foi da alta sociedade mas que tem jeito para gastar como tal ninguém o pode negar).

Mas isto tudo é justificado tão simplesmente como a projecção que se dá ao país e à cidade bem como à capacidade organizativa dos portugueses. Bom, não é? Amanhã quando fôr ao supermercado pago a conta metade em euros e metade em projecção à minha pessoa, porque sou uma excelente pessoa e por isso escolhi aquela superficie comercial!

acerca disto só me apraz dizer: continuem o bom trabalho!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O regresso

Estou de volta a este espaço que criei em tempos e a que tão pouco me dediquei. Ando mais por outros lados.
Mas recentemente fui começando a pensar nele e o que fazer dele. De entre várias ideias, apagá-lo, enterrá-lo, ocultá-lo, e outros á-lo, decidi que poderia aproveitá-lo (mais um) como escape.
Talvez porque esteja a ficar velho ou talvez porque estou a ficar demasiado farto que me atirem areia para os olhos e façam de todos nós parvos (é certo que muitos de nós o somos), este será um espaço renascido para falar acerca das coisas, de todas as coisas, das mais variadas coisas, seja para rir seja para chorar.
Acerca das coisas vai estar para mim como o escape está para o carro mas por vezes com uma àrvore de baunilha pendurada no retrovisor.

p.s. decidi não apagar os posts anteriores só porque sim...